[Review] One Tree Hill 9x10 - "Hardcore Will Never Die, But You Will"

Um herói nasce humano e morre imortalizado.

É gente, One Tree Hill está chegando em sua reta final. Tive que assistir 4 vezes este episódio (em inglês e sem legenda) para poder escrever esta review. Talvez seja porque este é o meu maior desafio neste momento: me preparar para o final. Mas a verdade é que este episódio é, para mim, o melhor episódio de toda a séries, conseguindo vencer o queridinho de muitos fãs, o 3x16. E eu vou explicar o porque.

Aquela sensação de arrepio e angustia, que a gente sentia ao ver um episódio de One Tree Hill esteve presente em todas as cenas. Tivemos momentos engraçados, claro, porém estes momentos apenas nos deixavam mais apreensivos com o episódio. Não era uma risada de alegria, mas apenas de nervosismo. Todos nós queríamos ver como terminaria o sequestro de Nathan, então é normal esperarmos por isso. Acontece que não teve um momento se quer que eu não pensasse: "e se Nathan morrer? O que será da Haley? Como conseguirei suportar isso?". Infelizmente esta notícia só veio a ser desvendada nas cenas finais. Há coisa mais angustiante que isso? 

Mesclando com lindas e emocionantes cenas de flashbacks Naley, vimos o quanto Nathan evoluiu e foi o suporte de Haley nos momentos em que ela mais precisava. E meu coração só doía a cada cena destas. Parecia uma despedida. O discurso dele, na 4ª temporada, quando anunciava que sua esposa estava grávida me fez chorar como se fosse a 1ª vez que estivesse escutando. Sim, neste momento estou chorando horrores a escrever esta review. Quem não sentiu-se no lugar da Haley em todo este momento de sequestro do Nathan não é humano.

E se não bastasse toda esta minha preocupação com Nathan Scott, Tio Mark ainda me deixou mais do que agoniada com Brooke Penelope Diva Davis Baker. Xavier realmente é o psicopata na vida da Brooke. Muita gente não entendeu porque disso tudo, mas eu entendi. O rapaz é machista, se acha o "gostosão" do pedaço e Brooke Davis conseguiu enfrentá-lo uma vez. Não só uma, mas várias vezes. Ela enfrentou seu maior medo e isso não era suficiente para ele. O rapaz é um psicopata sim e o que ele mais queria agora era ter justamente aquela pessoa que ele não poderia ser dele: Brooke Davis. Tanto isso é verdade que fica nítido o desejo sexual dele nas cenas para depois matá-la, seu objeto de desejo. Não vou ficar mencionando e nem  dando aula de psicologia criminalista (analisei mentes de psicopatas na faculdade, que chique, né?), mas posso afirmar que Xavier queria o que não poderia ter e por isso ela era seu alvo.

E como eu disse, Tio Mark quis brincar com nossos corações. Parecia um episódio de terror, de suspense. Àqueles que nos prendem do começo ao fim. Se perdêssemos uma cena, perderíamos o episódio inteiro. E com estas brincadeiras de quase infarto (fulminante, diga-se de passagem) fomos presenteados com o MELHOR episódio da série. Não sabíamos mais o que iria acontecer com Brooke ou com Nathan, dois personagens queridos pelo público. Mas graças à Deus a TaraDA apareceu e salvou a nossa heroína. Tudo bem que Brooke Davis é Brooke Davis, e vê-la eletrocutando o psicopata foi sensacional, mas saber que ele ainda poderá ser colocado em liberdade, me fez pensar se não era melhor B. Davis matá-lo logo de uma vez!

Enquanto isso o trio dinâmico, Dan Scott, Julian Baker e Chris Keller continuaram a sua saga para salvar Nathan. Chris Keller foi a melhor adição desta temporada. O rapaz, com seu humor divertidíssimo, conseguiu ser um herói, mesmo que por pouco tempo. A genialidade dele em derrubar um fortão brutamontes com o carro foi perfeito. Inclusive nunca pensei que Chris Keller e Julian Baker tivessem tanto em comum! Se eles tivessem se conhecido antes poderiam ser BFF fácilmente. 

Claro que o jogo psicológico e psicopático do Tio Mark me fez entrar em choque ao ver o bandido atirando em alguém que parecia ser o Nathan, mas para alívio geral não era. Era apenas o traficante que foi colocado lá para confundir os bandidos e nós, fãs. Dan Scott entrando como vingador foi tudo de bom e ver a cena dele se jogando na frente do próprio filho para salvar a sua vida foi emocionante. Lágrimas nos olhos agora e muito chororo na cena. Se antes eu não tinha certeza se tinha perdoado Dan Scott, agora eu tenho certeza: sim eu o perdoei. E sabe como cheguei nesta conclusão? Simples assim: se Dan não tivesse matado o Keith, seu próprio irmão na 3ª temporada, hoje quem estaria morto provavelmente seria Nathan e entre Nathan e Keith, sou mais o jogador de basquete. Afinal foi graças as assassinato à queima roupa que Dan aprendeu tudo sobre atirar e sobre os bad guys, na cadeia. E isso já é suficiente para vê-lo sendo o herói politicamente incorreto que ele foi nesta temporada. Foi um verdadeiro justiceiro. 

Sei que esta review está grandinha, mas ainda faltam algumas coisas para eu falar. E há uma coisa importante para dizer: se Julian tivesse seguido o conselho de Dan e tivesse desistido, Nathan estaria morto. Afinal foi ele quem deu o último golpe e derrubou o policial corrupto. E foi Nathan quem matou o bandido com o sotaque mais engraçado do mundo, tudo com um único tiro. Aliás, a família Scott tem outro dom além do basquete: sabem atirar muito bem, quem diria Dan Scott, Lucas Scott e agora Nathan Scott. Sem contar que ver o Julian carregando uma arma ou salvando o dia o torna mais sexy ainda. 

Mas a grande genialidade deste episódio estava justamente nestes quebra cabeças psicológicos. O sofrimento, a angústia e o medo de que algo pudesse acontecer com os nossos personagens favoritos simplesmente tomaram conta de mim. E nem as cenas fracas de Clinn, principalmente Clay indo visitar a sua finada esposa, conseguiram estragar este episódio. Tudo foi perfeito. As falar ácidas do começo do episódio, bem cômicas, por sinal, estavam nos preparando para amortecer o impacto que este episódio traria em nossas vidas e, assim como o 3x16 foi um divisor de águas, este também, pois foi com este episódio que eu percebi que um simples ato, uma simples atitude pode mudar o destino de qualquer pessoa. E foi neste episódio que eu finalmente vi quem era Dan Scott: um humano que errou muito, mas que fez de tudo para salvar seu filho e seria capaz de morrer por ele. Foi justamente neste episódio que eu consegui enxergar Dan como pai, um pai que Nathan, Julian, Lucas e Keith foram e representaram um grande papel durante estes 9 anos de seriado. E com a cena final, de Nathan chamando Dan de pai, que eu me despeço de vocês pedindo desculpas por esta review grande. Até o próximo episódio e preparem os lençóis, iremos chorar muito.